Solilóquio



“È que dói não viver em amor e em renúncia. Quando o amor e a renúncia são terras dentro de mim. E uma vez mais me deitarei no frio, guia de luz perdido. Sem mistério e sem sombra.
(...)
E não sou um covarde... sofro pelas manhãs e pelas tardes. E pelas noites desvaneço... No entanto, é covarde que me sinto no olhar dos que me amam. É no prazer que arranco cem vezes da carne ou do espírito que quero. Ai de mim tão grande, tão pequeno... – e quando o digo intimamente! E em ambos, sem pânico... E me pergunto: Serei vazio de amor como os ciprestes no meio da ventania?”

(Trechos de Solilóquio – Antologia Poética – Vinícius de Moraes).

8 comentários:

Vera disse...

Ai, ai...

E se eu disser que não entendi?
Muito complicado pra minha cabecinha. Risos.

Beijos!

Dona Sra. Urtigão disse...

Tenho vindo aqui, sempre em instantes memoráveis, mas correndo para outros momentos necessarios. E saio abastecida de pensamentos para refletir enquanto as rodovias se desenrolam

Danitza disse...

Moça... Leia Vinícius! Ele nos causa um amor enlouquecido.

Abraços

Danitza disse...

Dona Urtigão!
Gosto de suas visitas, sempre com palavras apropriadas... Seja de incentivo à reflexão, à descontentamentou ou alegrias. Isso é bom!!!

Abraços e obrigada pelo instante.

Dona Sra. Urtigão disse...

Fazendo outra visitinha.
Vinicius lamentando-se de carente em Amor...

Danitza disse...

Fico pensando se isto não são coisas daqueles criados dentro dos rigores cristãos... Tornamos eternamente carentes em amor.

O que me faz gostar tanto de Vinícius é exatamente a carência e o excesso.

Abraços

Ps.: Há um bom tempo que não consigo passear por aqui e por aí para ouvir, aprender e debater. Tenho um sonho: parar de trabalhar!

Dona Sra. Urtigão disse...

Penso que parar de trabalhar de todo, não é todo bom. Tinhamos que poder trabalhar menos tempo ou gastar quase nenhum em locomoção para o trabalho para que obtivéssemos condições de experimentar mais coisas da vida.
Falta-nos, sociedade civilizada e que se pretende culta, o equilíbrio.

Danitza disse...

O marido da minha sócia é biólogo, pesquisador na área. Tirando o fato de que cada um na sua profissão se acha o dono da verdade, conversamos sobre algumas coisas que são pertinentes. Como exemplo: o fato das "necessidades" que criamos para trabalhar.
Sei que o mundo que vivemos não permite isso, mas gostaria de trabalhar para o sustento, ter o básico. Mas queremos sempre mais de nós mesmos, não é?
Quem sabe para um futuro próximo não mudamos tudo isso?!