Ai se sêsse

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

Zé da Luz

5 comentários:

Vera disse...

Se... se... se...

Quem é o dono desta poesia, sô?!?

Danada de boa!

Beijo!

Danitza disse...

Ei, Moça!

É cordel, que adoro tanto. Essa foi divulgada no trabalho do Cordel do Fogo Encantado (que também amo). O poeta é o Zé da Luz.

Beijinhos para você e depois procure Patavi do Assaré também.

Dona Sra. Urtigão disse...

Adoro cordel!

Dona Sra. Urtigão disse...

PS: Repasseando por aqui, fiquei com a impressão que voce está no Rio?

Danitza disse...

Sim, estou. Está por aqui também?