Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Alberto Caeiro
(Em trechos)
5 comentários:
Clap, clap!
De Pessoa eu entendo.Incrível como ele é lírico, atemporal, delicado. Gênio.
No entanto, não sinto o mesmo lendo Vinícius [aproveitando para comentar sobre o post anterior].
A poesia dele nunca me apeteceu. Mas tem qualidade, sim =) Apenas não consegue me atingir.
Beijinho.
Ei, menina!
Gosto de Pessoa e todos os "seus"... Acho que com todos "eles", acabou sendo completo.
Também não sentia Vinícius, ele veio com a idade, exatamente depois dos 30... Apesar de gostar tanto de tudo o que ele fez para crianças quando eu era uma. Hoje acho que ele fala do amor da forma mais "real" possível.
Beijão para você
UÉ! tenho certeza que tinha deixado palavras aqui e no outro!
Pessoa e sua poesia, buscava o transcendente, eterno, enquanto que Vinicius poetisou o temporal, finito.
Beleza? Nos dois, sem dúvida.
Dá até para imaginar um diálogo entre os dois...
Postar um comentário